sábado, 20 de dezembro de 2008

Perdoar,uma virtude!

Diana,amiga de 'fralda',nos conhecemos em 1996,aos 6 anos no clube da cidade,nos tornamos amigas na hora,gostavamos das mesmas coisas e desde pirralhas já gostávamos de uma agitação;porém,depois de 8 anos de amizade,o destino nos pregou uma peça.Eu tinha acabado de começar a namorar,primeiro amor,eu era novinha,ela não gostava dele e vice-versa,ela começou a se afastar de mim e eu dela;nos encontrávamos vez ou outra,nossos pais trabalham juntos,nossas mães são colegas,mesmo assim aquela amizade de antes não existia mais.
Amigos eu não tinha mais,apenas companheiros de classe;ela tinha feito outros amigos,os popularzinhos da cidade.Quando nos encontrávamos pelas ruas uma não corria mais para o encontro da outra,e os abraços cheios de afeto pareciam nem ter importância.Pra mim tinham,tarde demais.
Os últimos anos de escola custaram a passar,quando passaram fui embora de casa,vim pra São Paulo,não me importava de não conhecer ninguém aqui,já não tinha amigos mesmo.Foi aí que paramos de nos ver mesmo,quando ia pra minha cidade só ficava com minha família,era muito difícil eu trombar com ela;ainda tinhamos o Orkut uma da outra,mas mal nos falávamos,geralmente só nos falavamos nos aniversários,o telefone dela eu não tinha mais na agenda no meu celular,apesar de nunca ter esquecido,ainda sabia de cor,depois de tanto tempo.
Mas as pessoas mudam,nós mudamos,todos mudam constantemente,amadurecemos com novas experiências.Nessa sexta-feira(19/12)nos encontramos numa confraternização de fim de ano,e diferente do que acontecia antes,dessa vez,quando nos vimos,nos abraçamos como antes,conversamos sobre assuntos mais maduros,como trabalho e faculdade,mas da mesma maneira de antes,e depois da confraternização fomos à um barzinho,lá sim que conversamos mais ainda,assuntos que não se fala na frente dos pais,proibido para maiores de 40 anos(rs);há uns 2 anos atrás,jamais imaginaria eu bebendo uma cerveja com ela,parecia uma coisa que nunca mais fosse acontecer,o que sempre me intristeceu.
Novamente tenho o telefone dela na agenda do meu celular e ela,o meu.Já estamos marcando outras voltinhas e a chamei pro meu aniversário mês que vem.Não sei se vamos voltar a ser amigas,mesmo assim foi muito bom revê-la,ver que assim como eu,ela ainda tem carinho por mim,conversarmos sobre tudo como se nossa amizade nunca tivesse acabado,pelo menos por um tempo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

2003-Quem eu era?

13 anos,iniciando a adolescência,cabeça confusa,carência afetiva e um desejo sexual insaciável.
Feira de ciências na escola e eu falando sobre energia eólica,foi lá que eu o vi pela primeira vez,1m85cm de altura,17 anos com cara de bebê,palavras jogadas fora e telefones trocados,mal sabia eu que aquele seria meu primeiro amor e causador de várias noites sem dormir.Depois de 1 mês já estávamos namorando,ele já conhecia meus pais,meus cachorros já faziam festa quando ele chegava.Minhas amigas o detestavam e eram correspondidas;nossa amizade já não estava lá aquelas coisas mesmo,acabamos nos afastando depois de 8 anos de amizade.
Depois de 6 meses já estávamos na cama.Rápido?Talvez,mas era isso que eu queria mesmo,pelo menos achava que queria,até que um filme,'Assunto de meninas',me fez lembrar de um sentimento que eu tentava esquecer,ou que talvez não entendia muito bem,mas passei a entender.Na tela uma cena quente de sexo entre duas meninas,meus olhos vidrados na TV e com água na boca;'Meu Deus,eu sou lésbica!',era a única coisa que eu pensava naquele momento,isso explicava muita coisa,inclusive o porquê de eu nunca ter tido um orgasmo com meu namorado.
Ainda demorei até conseguir me libertar dele,tinha medo de ficar só,de me arrepender,mas ao mesmo tempo me desesperava só de me imaginar morrendo sem ao menos ter beijado uma mulher;estava resolvida,terminaria tudo com ele,e terminei.
Nunca me senti tão leve e desinpedida.Aos 15 anos eu não tinha namorado,nem amigas,meus pais não confiavam em mim,nem meus cachorros faziam festa quando eu chegava em casa,eu ia mal na escola,mas era a pessoa mais feliz do mundo,pois,finalmente,tinha descoberto quem eu era!